Eu descobri que não sou fácil e que, às vezes, faço questão de ser insuportável. Tenho a mania de me doar por migalhas, de deixar poucas partes de mim expostas. Também existe em mim uma certa necessidade de que me amem, não pelas qualidades que tenho, mas sim pelas falhas que assustam e só quem tem paciência para esperar pelo melhor, consegue receber. Aprendi que quem se entrega nos primeiros instantes tem mais facilidade de perder no dia seguinte. Eu não quero que me amem pelos sorrisos que dou, quero que me amem pelos inúmeros defeitos que eu sei que tenho. E, ao final de tudo, quero ouvir de alguém que, mesmo com todos os riscos, valeu a pena atravessar a nado o lado mais obscuro de mim, para assim encontrar a parte mais doce, a vista mais bonita desse lado de cá.
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