Mas é claro que eu iria rir, mas que diabos, eu estava ali me declarando e você não dizia nada, não fazia nada, nem um "Cala a boca, isso não vai dar certo seu idiota". Eu não sou o tipo de pessoa que se abre para qualquer um e quando decido dizer o que estou sentindo você não fala nada? É isso mesmo? Mas que diabos. Fui dormir ouvindo aquela música, mais uma para coleção que me lembra você. É claro que eu não iria chorar, então resolvi rir, comecei a rir na escuridão, fechava os olhos e em cada estrofe da música via flash de você. Eu queria morrer, não era possível, você não me disse nada, que droga. Planejei tudo em minha mente, desde um fora, ate um emocionante "Sim, eu também sinto isso", mas não para um nada. Porra, o que eu faço com esse nada? Continuo tentando ou paro? O engraçado é que você também me dava sinais que queria, mas cara, que droga, não é só comigo isso, afinal, você é doce com todos. Eu queria te chacoalhar e gritar "Pela amor de Deus, me diga alguma coisa", mas eu só conseguia rir, era engraçado, muito engraçado, porque pensando bem, era a sua cara não dizer nada, como eu não pensei na possibilidade que tem mais haver com você? Acabei pegando no sono, acordei com a música tocando no meu celular, desliguei o celular, olhei pra cima e me perguntei "Nada?", virei pro outro lado e eu mesmo me respondi "Nada!". Então que seja nada.
- João Paulo Ferreira
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