Ele nem sabia mais por qual paixão chorava, de tanto que tropeçava, de tanto que se enganava e chamava de amor qualquer céu nublado, achando que o vento levaria as nuvens e traria o Sol. A tempestade insiste em chegar antes, mesmo assim ele ama e se deixa molhar, sonhando com dias de roupa seca e coração quente. Com o corpo pesado de toda água que carrega ele chora, dentro dele é chuva, noite e dia, mas ele nunca desiste, sempre encontrando luz em olhos que jamais serão dele. Coitado, vê beleza em tudo e carrega a pior das maldições; amar demais. Ele foi assim a vida inteira, desde criança e questiona quem o chama de louco: - Ora, meu amigo, louco é tu, que ama pouco.
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