Sinceramente, quando me perguntam por qual motivo acabou, eu digo que não sei, que apenas acabou, como se acabam as férias e as caixas de bombom; como a pilha do controle remoto que a gente não tem que trocar nunca, até a hora que acaba. Acabou como a infância que não nos permite dizer em que momento deixamos de ser criança, iludidos pela juventude, esquecidos pela vida adulta. Acabou como todo beijo que se inicia sabendo do fim, se despedindo dos lábios e os reencontrando diversas vezes, numa noite de terça-feira em São Paulo, em bares cheios de pessoas que sabem que o nosso amor acabou, assim como se acabam as amizades do colégio, as dores nas costas e a saudade do primeiro amor.
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