Caminhei, literalmente, até o banheiro, me olhei no olhos e disse: eu te amo. Obrigado por ter suportado tanto. Obrigado por ter sido tão forte. Mesmo quando achou que já não tinha mais forças. Obrigado por não desistir do amor. Mesmo depois de tantas topadas emocionais. E, mesmo com lágrimas nos olhos, mesmo com a voz trêmula, continuei, me perdoe. Perdão por ter duvidado da sua capacidade. Perdão por ter questionado a sua coragem. Perdão por ter menosprezado o seu sexto sentido. Por último, me ofereci um abraço que ansiava por muito tempo, talvez, anos. Jurei, pra mim mesmo, sem mais testemunhas, que seria, pela primeira vez na vida, a minha prioridade. Que não mediria esforços para me fazer feliz, da mesma forma que nunca contabilizei ações para me dedicar aos outros. Silenciei. Fiquei, por alguns segundos, admirando a pessoa que me tornei. Gargalhei feito criança que ganhava um presente surpresa. Tinha ganhado um novo melhor amigo. Dei as mãos a ele e firmamos um pacto: vamos em frente, mesmo sem saber qual é o nosso norte. Quanto aos outros, eles podem até nos acompanhar, mas que não se atrevam a atravessar o nosso caminho. A nossa felicidade cansou de pedir licença.
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