O destino me pede em segredo para que eu siga os seus passos. Ele insiste, ele ajoelha, ele envia bilhetes. Fui cordial no início, expliquei com calma que caminho em estrelas que morrem e renascem todos os dias em lugares diferentes, e que isso me impede de seguir um caminho já escrito. Ele se faz de surdo e segue pedindo, gritando enquanto eu durmo, dizendo que a vida não é coisa para se caminhar no escuro. Com o tempo perdi a paciência, ordenei silêncio e contei que o meu namoro é com o acaso. Essa semana ao que me pareça ele desistiu e enviou o último bilhete, "Bruno, você não sabe o que está fazendo". Ele está certo, eu não sei, mas prefiro seguir as minhas estrelas mortas, que escondem aonde pretendem renascer amanhã, e quando as encontro, me olham cheias de surpresas.
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