O futuro é logo ali, mas cada passo que eu dou para frente ele se afasta, e assim, desisto de buscá-lo. Olho, então, para trás, e observo que o passado também é logo ali, e dou um passo para trás, até que ele consegue me enrolar em seus braços pesados. No início parece um abraço, aproveito para encostar a cabeça nas lembranças e apoio meus pés em histórias que inventei para descansar. O presente me olha decepcionado, enquanto o futuro segue dando os seus passos. Estou aqui faz três dias, aquele abraço virou um aperto que dói a cada minuto, os braços cada vez mais pesados e o futuro continua se afastando, mas o estranho, é que o presente se mantém no mesmo lugar, me encarando, a um passo de distância.
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