A música tocou e eu gostei, achei melhor ouvir mais uma vez. Ela tocou, eu comecei a ler um livro e não prestei muita atenção, coloquei de novo. Dessa vez eu escutei cada detalhe, até o fim, e dei mais um play. Quando eu percebi haviam se passado seis horas daquele dia e eu só tinha escutado uma música, a mesma música, o tempo todo. Fui pra padaria cantando e voltei assoviando o som do violão. Escutei todas as versões possíveis quando cheguei em casa: ao vivo, acústica e um cover bonitinho de uma garota do Canadá. Não mostrei pra ninguém, era a música repeat do dia, talvez do mês. O que eu gostei nela? Não sei, era tão simples, tão igual as outras e tão curta, mas alguma coisa me prendia. Talvez aquela voz baixinha no fundo durante o refrão, o jeito de prender o cabelo ou o piano da introdução. Pode ter sido a camiseta, a velocidade, o cheiro, a batida no fundo, o abraço... que seja, eu nunca vou encontrar uma explicação. A gente gosta das coisas e nem sabe de onde vem. No fim da noite te mandei a música e você só respondeu, "Ah, não gostei muito". E eu me perguntei mais uma vez como é que eu fui gostar de você. Pode ter sido a camiseta, a velocidade, o cheiro, a batida no fundo, o abraço... que seja, eu nunca vou encontrar uma explicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário