Dei de querer carinhos, passou o vazio do sexo, do dinheiro, do poder das coisas. De repente, a vontade das mãos dadas e, arrisco dizer, da vida compartilhada: dividindo por dois o nascer do Sol. Durante o almoço, comentar sobre morar juntos, depois pedir para passar o sal. É o que chamam de futuro, certo? Envelhecer, ir às reuniões da escola, presentear os netos. Pensamento que me experimentou. Deixei. Não combina comigo, mas visto de longe é bonito. Isso é por estar muito tempo dentro de casa: me imaginar topando com o amor na esquina, assim que eu pisar na rua. Hoje, dei de querer carinhos, pois ainda sou dono das minhas loucuras. Amanhã, vou abrir a cortina e conversar com as plantas. E o Sol nascerá, sobre a janela, inteiro pra mim.
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