Não basta uma vida para saber do amor. Pode ser que não bastem duas ou três. Não sei, na verdade, se a gente entende o amor, só quis soar como alguém experiente. Talvez você atravesse um mapa inteiro para descobrir que não era amor, que não era a única pessoa, fique com o prejuízo (no peito e no bolso) e mesmo assim escolheria fazer tudo igual outra vez. Por amor, aviões são estradas. Talvez você sabote a si mesmo, aceite menos do que merece, aceite do que merece, aceite ser deixado de lado, doa a quem doer (a si), e também faria tudo de novo. Por amor, desilusões são esperanças. Talvez você precise só olhar para o lado um pouco melhor e descobrir que é amor. Para o amor, esquinas são viagens inteiras, mas pode não ser tão recíproco e você mais uma vez faria tudinho igual. Talvez você passe por tudo isso, uma coisa só ou tantas outras. Talvez amor seja aquilo que não é, nunca foi, nunca será. E nos somos menos ainda. Talvez amor, mas amor mesmo, seja tão disfarçado que a gente nem se dá conta e, às vezes, até deixa passar por não saber lidar. Livre junto ou livre separado, amor impossível é todo dia: é pra hoje, ontem e amanhã. E a gente vive como se nem fosse nada (sempre é). Se meu coração prender no cadeado do teu, é amor, se libertar também.
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