Estava sentado na laje de casa, numa cadeira de praia que nunca conheceu uma praia, e talvez nunca vá conhecer. O Sol queimava mais nos meus pés do que no meu peito, protegido por um livro de poesia que eu acabara de ler. Pássaros, que nunca saberei distinguir quais, cantavam pelas árvores do bairro. A vizinha, assim como em todos os dias, escutava uma rádio popular em que mensagens de amor invadiam as canções. Aconteceu na zona norte de São Paulo e duvidei, naquele instante, que alguém que estivesse em Paris, pudesse ser mais feliz do que eu.
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