Era tudo sobre você. Todos os meus rascunhos, meus pensamentos e meus desejos. Sempre fui mais você do que eu. Vesti minha alma com a tua cara e minha rotina com os teus cacoetes. A gente achava que amar era essa coisa maluca de se anular pra cuidar do outro. Que sentir o peito explodir de tanta paixão fosse o suficiente pra fazer durar a vida inteira. Que conseguiríamos acalmar as tempestades que criávamos todas as vezes em que não conseguíamos lidar com o jeito do outro. A gente achava que tava tudo bem em doer tanto. Mas não estava. Foi por isso que eu fui embora. Doía demais não ser mais minha.
E é por esse motivo que eu tô te escrevendo. Pra te contar que eu voltei a gargalhar. Eu voltei pra todas as coisas que eu fugi sem perceber. Eu voltei pra minha casa, voltei pra minha vida e voltei pra mim. Não tem nada melhor do que me sentir inteira depois de tanto tempo. Eu me esqueci pra lembrar de você. E tá tudo bem, a culpa não foi sua. Eu voltei a me sentir bem em ficar sozinha. Voltei pra academia, voltei a ler e voltei a escrever. Eu voltei a sentir a sua falta de um jeito bonito e indolor. Voltei a enxergar as pessoas ao meu redor. Eu voltei a amar você, mas sem sentir o peso do universo inteiro nas minhas costas. Pela primeira vez em todo esse tempo eu tô respirando aliviada em não sentir meus pulmões arderem.
Eu fui embora porque precisava voltar pra quem eu já fui um dia. Porque eu necessitava crescer sem as suas raízes que se alastravam em mim. Sem os resquícios de projeções que fizeram por mim. Estou me sentindo viva e essa é a coisa mais excitante que eu já senti em toda a minha vida.
E é por esse motivo que eu tô te escrevendo. Pra te contar que eu voltei a gargalhar. Eu voltei pra todas as coisas que eu fugi sem perceber. Eu voltei pra minha casa, voltei pra minha vida e voltei pra mim. Não tem nada melhor do que me sentir inteira depois de tanto tempo. Eu me esqueci pra lembrar de você. E tá tudo bem, a culpa não foi sua. Eu voltei a me sentir bem em ficar sozinha. Voltei pra academia, voltei a ler e voltei a escrever. Eu voltei a sentir a sua falta de um jeito bonito e indolor. Voltei a enxergar as pessoas ao meu redor. Eu voltei a amar você, mas sem sentir o peso do universo inteiro nas minhas costas. Pela primeira vez em todo esse tempo eu tô respirando aliviada em não sentir meus pulmões arderem.
Eu fui embora porque precisava voltar pra quem eu já fui um dia. Porque eu necessitava crescer sem as suas raízes que se alastravam em mim. Sem os resquícios de projeções que fizeram por mim. Estou me sentindo viva e essa é a coisa mais excitante que eu já senti em toda a minha vida.
Vi sua mãe semana passada e pela primeira vez desde o nosso fim me senti aliviada ao ouvir sobre você. Não doeu mais. Eu passei meses demais preocupada em como seria o momento em que a gente não teria mais nada para tratar um com o outro, e agora que esse ápice chegou, me sinto limpa e reluzente. Não pude evitar de esboçar um sorriso ao saber que ainda tem muito da gente com você. Comigo tem também.
Nunca amei outro homem tanto como amei você. Nunca antes havia doído tanto também. Eu fui do céu ao inferno ao seu lado. Mas eu preciso te contar, a vista aqui de cima está incrível. Gostaria que você estivesse contemplando comigo todas as coisas que eu passei a enxergar depois que a gente acabou. Mas vou entender se você não puder. Eu precisava te deixar pra me sentir inteira novamente. Eu precisava me amar para que eu pudesse te amar certo. Eu estou me sentindo incrível depois de tanto tempo e eu sei que você vai se sentir feliz com isso. Eu voltei pra mim para que, quem sabe, eu possa voltar para você.
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