"I mpossível caminharmos nessas nuvens espaçadas. O peso da chuva faz doer o calcanhar e nos derruba. Caímos juntos nesse amor que não existe". Noite noite noite e esse sonho persiste, o sonho do amor que não existe. Quando desabo, acordo sozinho, ensopado dentro do meu vazio. Neste meu vazio, escolho a cor que irei pintar as paredes, distribuo alguns móveis e coloco uma música em que a cantora parece estar mais sozinha do que eu. Também compro uma planta, e dou um nome a ela. No meu vazio, eu moro, choro e dou uma festa. Depois me deito para sonhar com você e as nuvens espaçadas. Qualquer dia este sonho passa. E o que permanece são as festas e as plantas pela casa.
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