Primeiro a luz, depois o estrondo. A tempestade estava por vir. Fecharam as janelas e deixaram que a chuva tocasse uma canção. No escuro, falaram de amor pela primeira vez. A chuva se intensificou, o granizo batendo no telhado misturava-se as batidas dos corações. "Estou com medo", ele disse. "Eu também", o outro respondeu. Um abraço longo e tremido sentenciou o silêncio. No futuro, aquele que tinha medo do amor sentiria muita falta daquele outro, que morria de medo de trovões.
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