Porque você tem a leveza de quem nunca foi machucado pelo amor, apesar de já ter sido. E isso revela como são bonitas as pessoas que permanecem confiantes no sentimento, apesar de tudo.
Porque calmaria poderia facilmente ser teu sobrenome e mesmo o mar mais tranquilo do mundo não seria tão convidativo quanto o teu corpo me chamando para mergulhar na palavra vulnerabilidade.
Porque chovia na cidade, do outro lado da janela e do mundo, enquanto o teu olhar era o sol mais bonito e luminoso dentro do quarto. O calor da tua presença me constrangia. Por um instante, havia esquecido que minha vida estava fora do eixo; fora da rota do amor.
Porque depois de te ver, no caminho de volta para casa, eu desejei que meu abrigo fosse o teu corpo suado. Que calor, daqui para frente, fosse a palma das tuas mãos me segurando na queda. Que o tempo se espremesse mais uma vez, para que eu pudesse te encontrar em breve, o mais rápido possível.
Porque a tua imagem impregnou na minha memória e hoje dança em qualquer lugar que vou.
Porque o gosto do teu beijo achou um esconderijo para morar e agora habita debaixo da minha língua, bem no encontro da minha paz com a minha saudade.
Porque você me olhou nos olhos e morou no momento onde nos despimos sem precisarmos tirar roupa alguma. O silêncio não era um problema: a intimidade ganhava espaço para esticar os braços entre nós.
Porque tuas mãos repousaram no meu rosto e passearam por ele como se fossem a um parque de diversões pela primeira vez.
Porque diante da tua presença eu não senti vergonha, medo ou insegurança alguma.
Porque você me disse que tenho mania de falar "porque" demais.
Então aqui vai um último: porque você é bom demais para ser verdade.
Que bom que eu te encontrei.
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