Andei revendo as minhas atitudes e não sei aonde que eu estava com a cabeça, quando eu deixei você fazer o que quisesse de nós. Quando deixei você impor limites, logo você, que sempre teve total liberdade para fazer o que bem entendesse. Eu olhei para trás, me vi totalmente presa e se eu fosse esperta, pelo menos um pouquinho de nada, eu teria corrido como quem corre a São Silvestre. Como naquela vez que eu quis me libertar e você disse as 3 palavrinhas mágicas, que me faziam sempre ficar e eu não tentava sequer entender o efeito que elas tinham sobre mim, porque como eu disse, eu não fui esperta... Ah, se eu fosse inteligente. Teria deixado você desde o princípio, não teria olhado para trás, teria dado um basta, mas você é aquele "psiu", que a gente vira automaticamente para saber se é com a gente e sempre era comigo, sempre! Eu nunca aprendi a deixar de olhar, eu sempre fui curiosa e destemida e você sempre soube disso, conhecia os meus pontos fracos como ninguém, e esse é o pior problema, deixar que o inimigo saiba como derrotar você. Eu lutava diariamente, achando que poderíamos brigar por tudo, que não nos separaríamos por nada. A vida me espancou, bateu na minha cara e não foi no sentido que eu gostava. Me fez ver, em ordem cronológica, alfabética, na regra de 3 e prova dos 9, que eu e você não nascemos para dar certo. Por mais que eu amasse infinitamente mais, eu não poderia amar por dois e por mais que você jurasse amor eterno, quem ama não faz metade das coisas que fazia. Mas poxa, eu só queria que alguém me salvasse de mim, e que esse alguém não fosse você. Eu só queria respirar um ar puro e me livrar de uma vez dessa poluição que é te amar.
- Ilusões de Esther | Coisas Que Eu Nunca Disse
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